Trechos da matéria publicada na Folha de SP 14/02/2011 - Explosão, negação ou dissimulação da raiva causam prejuízos

"Todo mundo tem uma raiva para chamar de sua."
 
Verdade. Uma raiva que dure um segundo, um minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano ou anos a fio. Raiva de coisas pequenas e coisas grandes. Besteiras que cultivadas todos os dias, tornam-se enormes problemas.
 
"...uma classificação tradicional das emoções em primária, secundárias e terciária...a raiva está no primeiro grupo...presentes em todos os seres vivos desde sempre."
 
Apesar de eu não deixar a raiva me dominar, confesso que a senti por diversas vezes. E ela foi o motivo que me levou a escrever estas palavras após a leitura do artigo.
 
Acho bonito, superior não ter raiva, ou pelo menos não demosntrá-la de pronto e com tanta intensidade. É polido não sentir raiva. Desde muito cedo somos tolidos dessa necessidade de sentir raiva das coisa, para depois aprender a arrepender-se, avaliar melhor a situação, olhar e avaliar todos os ângulos possíveis e identificar o motivo da raiva. Se valeu a pena...
 
"...em estado puro, raiva é tão inocente quanto um animal selvagem."
 
Bonito isso!!!! A raiva instintiva, que surgiu no calor dos acontecimentos, é inocente, é normal.
 
"...a forma de sentir raiva foi mudando. A reação depende do que cada um de nós considera um ataque à própria sobrevivência."
 
Concordo novamente. A ameaça de perda, de humilhação, rebaixamento, frustração gera medo e raiva. A raiva trabalhada, que somatiza todos os outros sentimentos ruins. Raiva da existência de outrém, da ingenuidade ou safadeza de alguém de sua confiança. raiva de ser passado para tras.
 
Não me permito sentir isso outra vez. Por isso fui a fundo na raiva. Infelismente ainda a tenho em menor proposção dentro de mim.
 
Uma raiva que me impede de doar amor e carinho e que analisa toda e qualquer situação viciosamente.
 
"(A raiva) Pode aparecer muito no transtorno explosivo intermitente, em que a pessoa reage de forma inesperada, intempestiva e desproporcional à provocação, perdendo o controle."
 
Perdi sim...perdi totalmente o controle e o pior não é tê-lo perdido; sim ter que engoli-lo de volta. A raiva saiu e retornou rasgando e agora sangra apenas por dentro. Goteja sangue todos os dias até que um dia a ferida se feche.
 
"Para lidar com a emoção é preciso reconhecê-la, o que nem sempre é fácil, porque a raiva tem várias faces - todas potencialmente danosas."
 
Eu a reconheço. Não sei lidar com ela integralmente. Uns dias sorrio, noutros choro, e em alguns deixo-me levar para não ter que pensar na raiva.
Minha esperança é quando perceber que estava certa, quando você cair em si e perceber o rombo que fez em mim, essa raiva simplesmente desapareça, pois não quero torná-la minha eterna companhaeira.
 
Sei que é um esforço que depende muito mais de mim em não alimentá-la. Mas não estou em condições de fazer isso sozinha.
 
 

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